Por José António Rousseau
A vida é um movimento constituído por instantes em aberto e o tempo não é apenas uma medida de contagem. Faço assim minhas as palavras de Condoleeza Rice, que considerou ser a educação o movimento dos direitos civis do nosso tempo – e porventura, acrescento eu, o maior, porque mais complexo e importante, dos desafios da humanidade.
E, parafraseando Jung, direi que quanto à educação, o importante não é que seja perfeita mas inteira e completa, de forma a integrar nela a vertente do sonho e atingir a superação dos objetivos de qualquer ser humano, independentemente da sua idade, do estatuto ou da geografia.
Hoje, e na medida em que somos todos eternos estudantes, independentemente do nosso estatuto sócio profissional ou da região do mundo em que vivamos, a noção de modelo académico, da sua criação ou escolha, é uma questão central que fará toda a diferença nos resultados finais, isto é, sermos melhores como pessoas e globais como profissionais.
Para tanto, qualquer modelo académico dos nossos dias deverá ser inovador, coerente, transversal e capaz de desenvolver um sentimento de pertença comum, através de uma experiência personalizada oferecida aos estudantes que lhes transmita competências e não só informação ou conhecimento.
Sim, tal como no marketing o foco tem de incidir sobre o consumidor, também na educação o foco terá de assentar no estudante, o seu verdadeiro centro. E, quando hoje afirmamos que a uma empresa não basta vender bons produtos ou prestar bons serviços, que tem de ser capaz de proporcionar uma experiência de consumo inesquecível aos seus clientes, também na educação as escolas terão de ser capazes de proporcionar aos seus alunos uma experiência de ensino personalizada que deverá integrar as dimensões da imersão profissional, da tecnologia e da internacionalização.
No fundo, as mesmas dimensões de qualquer negócio do século XXI.
E, da junção virtuosa da educação aos negócios, dispomos hoje de um exemplo paradigmático que vale mais do que mil palavras: Silicon Valley. As empresas que integram este oásis empresarial de inovação, assentando a sua praxis , no modelo educacional que defendemos, estão a conseguir revolucionar a economia à escala global e no seu conjunto já valem o equivalente a toda a economia inglesa ou a 13 vezes o produto interno bruto (PIB) português.
Alberi dizia que os quatro pontos cardeais eram só estes três: o Norte e o Sul.
Compreendem ou querem que faça um desenho?