Apesar da estabilização do custo de arrendamento comparativamente ao mês anterior, verifica-se um aumento de cerca de 270€ no valor médio mensal, que agora se fixa em 1.012€, em relação a junho de 2021
O custo de arrendamento, em comparação com o ano passado, mais que duplica em Beja (+108,2%). Portalegre e Vila Real são os locais mais baratos para arrendar casa.
Principais conclusões:
ARRENDAMENTO
- O valor dos imóveis para arrendar desce -5,4% em junho, comparativamente com maio, passando de 1.362€ para 1.289€. Comparativamente a junho de 2021, mês em que a renda média era de 1.012€, há um aumento de +27,4% (cerca de 270€ a mais).
Distritos em destaque:
- O distrito com o maior aumento do valor médio de renda face a maio foi a Guarda (+49,3%), subindo de 550€ para 821€. O aumento do valor médio de renda também foi significativo em Beja (+47,8), onde passa de 600€ para 887€, bem como em Castelo Branco (+30,7%), onde sobe de 482€ para 630€.
- Pelo contrário, os distritos que registaram maior quebra da renda média, face ao mês anterior, foram Vila Real (-32,2%), que desce de 544€ para 369€, além de Viseu (-23,2%), passando de 797€ para 612€.
- Em comparação com o período homólogo de 2021, a renda mais do que duplica (+108,2%) em Beja, com um aumento de 426€ para 887€. Aumentos substanciais registam-se também na Guarda (+82,4%), onde em junho do ano passado a renda era de 450€, bem como em Faro (+63,2%), onde a mesma sobe de 831€ para 1.356€.
- O distrito com maior quebra do preço de renda face ao período homólogo é Vila Real (-13,8%), descendo de 428€ para 369€.
- Portalegre (360€) e Vila Real (369€) foram os distritos mais baratos para arrendar em junho. Lisboa (1.545€), Faro (1.356€) e Porto (1.242€) mantêm-se os mais caros.
VENDA
- O preço médio de venda anunciado tem-se mantido relativamente estável desde abril. Em junho, fixou-se nos 393.542€, com uma ligeira diminuição de -0,6% face a maio, quando o valor era de 395.984€. Em relação ao período homólogo de 2021, que registava um valor médio de venda de 368.694€, há um aumento do preço médio de venda de +6,7%, correspondente a quase 25 mil euros.
Distritos em destaque:
- Bragança foi o distrito que registou o aumento mais substancial do preço em junho, face a maio (+12,5%), subindo de 194.076€ para 218.276€. Seguem-se Beja (+5,3%) e Viana do Castelo (+4,2%), com aumentos mais ligeiros.
- O distrito com maior quebra do preço médio de venda anunciado, em junho, foi Évora (-8,9%), descendo de 249.155€ para 226.965€. Guarda (-3%) e Lisboa (-2,9%) seguem-se, também com ligeiros decréscimos.
- Em relação a junho do ano passado, a Região Autónoma da Madeira é a que regista maior aumento do preço médio de venda (+25,4%), subindo de 354.800€ para 444.885€. Também Setúbal regista um aumento significativo (+21,5%), passando de 296.221€ para 359.973€.
- Évora é também o distrito com a maior quebra do preço médio de venda face ao mesmo mês de 2021 (-15,7%), descendo de 269.284€ para 226.965€.
- Guarda (107.702€) e Portalegre (114.599€) foram os distritos mais baratos para comprar casa em junho. Os mais caros mantêm-se Lisboa (621.977€) e Faro (552.086€).
O Imovirtual, Portal imobiliário de referência, acaba de divulgar um estudo, baseado em dados disponíveis na plataforma, no qual analisa a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento em Portugal. Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de maio com junho deste ano e com o período homólogo (junho) do ano passado.