Em 2021, os portugueses preveem dedicar uma fatia maior do seu orçamento familiar às compras de Natal, num valor médio de 398 euros, o que reflete um aumento de 6,5% face a 2020 (374€). Esta é uma das conclusões de um estudo realizado pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM) sobre os hábitos dos portugueses face às compras de Natal que revela, ainda, que a maioria (29%) continua a preferir comprar exclusivamente online.
O estudo adianta que 53% dos consumidores afirma ter alterado hábitos nos últimos tempos, devido ao contexto pandémico, e que 44,4% dos inquiridos afirma comprar mais online. Destaque para o crescimento acentuado das compras online nos últimos dois anos, que aumentaram em cerca de 24% desde 2019.
Para compreender a situação financeira das famílias, o IPAM procurou saber se os portugueses iriam receber subsídio de Natal e concluiu que 29% dos inquiridos não o recebe nesta altura, o que poderá ter um impacto negativo no comportamento face ao consumo nesta quadra. Dos que recebem subsídio de Natal, 6,1% prevê gastar a totalidade do subsídio em presentes, enquanto 14,3% pretende poupar este valor.
Quanto aos destinatários dos presentes de Natal, as crianças são privilegiadas nos agregados familiares com filhos (56% dos inquiridos), em 100% dos casos analisados neste estudo. De referir ainda que, em 68,1% dos casos, é mencionada a intenção de compra de presentes para o cônjuge e, em 73,9%, para os pais, irmãos e outros familiares. Apenas 36% refere a intenção de comprar prendas para amigos.
Relativamente aos produtos a comprar, as preferências variam consoante as faixas etárias. Assim, para as crianças até aos 12 anos, as prendas preferidas serão brinquedos (47%), seguidas de roupas e sapatos (22%) e livros (6%). Para os adolescentes (entre os 12 e os 18 anos) as escolhas recaem na roupa/sapatos (29%), jogos eletrónicos (17%) e acessórios (12%). Para os adultos, a opção mais escolhida para os presentes de Natal são roupa/sapatos (29%), seguida de acessórios (23%) e livros (17%).
Quanto ao local para a realização de compras, o número de inquiridos que opta pelos centros comerciais (19%) é superior ao de quem escolhe os centros comerciais e comércio de rua (12%), sendo que a pandemia trouxe uma alteração profunda quanto aos locais de compra, com 29% dos inquiridos a afirmar que fará exclusivamente compras online (30% em 2020).
Este estudo do IPAM que caracteriza o comportamento dos consumidores face às compras de Natal é realizado pelo 13.º ano consecutivo, o que possibilita uma análise detalhada das principais alterações nos hábitos de consumo desde 2009.

