Combina a ciência com a arte, com o objetivo de dar a conhecer a vida dos mares e sensibilizar as pessoas para a conservação dos oceanos, nomeadamente para o problema dos resíduos de plástico.
A bióloga marinha, educadora ambiental portuguesa e criadora do nome da espécie invasora que classifica como Plasticus maritimus, Ana Pêgo acaba de se juntar ao Comité do Projeto de Sustentabilidade da Green Media. Ana Pêgo combina a ciência com a arte, com o objetivo de dar a conhecer a vida dos mares e sensibilizar as pessoas para a conservação dos oceanos, nomeadamente para o problema dos resíduos de plástico.
Vive junto à praia desde que nasceu e foi onde aprendeu a gostar do mar. Faz caminhadas pelo areal, explora as poças de maré como o intuito de encontrar fósseis. Estudou Biologia Marinha e Pescas na Universidade do Algarve, onde desempenhou o papel de assistente de investigação em projectos na área das Pescas e esteve quase 10 anos como técnica de laboratório no Laboratório Marítimo da Guia, Cascais. Em 2012 começou a dedicar-se à educação ambiental. Tem realizado ateliers para todas as idades, tem feito exposições, palestras e formações em todo o país e, em instituições como a SMUP, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Centro Cultural de Belém (CCB), o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), o LU.CA e o Teatro Luís de Camões.
A nível educativo, a bióloga marinha já realizou ações de team building, workshops (artísticos ou científicos), palestras, consultadoria para “desplastificar” em empresas, aliando ações sobre biologia, fauna marinha, peixes e fósseis. Ana Pêgo, ao longo dos anos, demonstra um papel ativo na sociedade ao colaborar com ONG’s ou escrevendo directamente para pessoas e empresas, alertando para as consequências de diversas situações ambientais de forma educativa e informativa com o objetivo de alterar comportamentos com alternativas sustentaveis.
O seu trabalho é marcado pela sua preocupação com a existência de “lixo marinho”, que resultou em actividades educativas sobre este tema, tendo um papel interventivo junto de crianças e adultos para a importância dos oceanos e o impacto do lixo marinho no planeta. Em 2014, em co-autoria com o fotógrafo Luis Quinta, também membro do Comité do Programa de Sustentabilidade, criou a instalação Balaena plasticus – um esqueleto de baleia de 10 metros de comprimento, feito com objectos de plástico branco encontrado na praia. A Balaena plasticus esteve exposta, pela primeira vez, em maio de 2014 em Almada e, posteriormente, marcou presença em várias exposições sobre lixo marinho e em locais como o Greenfest em 2015 e o Centro Cultural de Belém, em 2018.
Em 2015 a Ana Pêgo criou a página Plasticus maritimus para partilhar imagens e curiosidades sobre objetos de plástico que dão à costa nas praias portuguesas, resultando num verdadeiro inventário de lixo artístico. “Plasticus maritimus, uma espécie invasora” é o nome do livro que escreveu com Isabel Minhós Martins, ilustrado pelo Bernardo P. Carvalho, editado em 2018 pela editora Planeta Tangerina. É recomendado no Plano Nacional de Leitura e está editado em 10 idiomas.
Ana Pêgo é conhecida como “beachcomber” e este ano, a associação ambientalista Quercus, atribuiu-lhe o Prémio Quercus 2020, na categoria individual, pelo seu trabalho de consciencialização dos problemas provocados pelo plástico no ambiente marinho.
Ana Pêgo e Xico Gaivota, que fazem parte do Programa de Sustentabilidade, estão juntos na campanha “Pela Saúde dos nossos Oceanos, Exija Tara Recuperável!”, um abaixo-assinado que tem como intuito que seja implementado até ao final do ano, em Portugal, um sistema de depósito de embalagens de bebidas que inclua plástico, mas também garrafas de vidro, latas e alumínio. O movimento leva à adoção de sistemas de depósito de embalagens de bebidas que conseguem evitar que milhões de embalagens cheguem aos oceanos, reduzindo assim o impacto negativo no ambiente marinho.
Isabel Augusto, Diretora Geral da Green Media, enaltece que a participação de Ana Pêgo “É uma mais valia no Programa de Sustentabilidade pela distinção do seu projeto Plasticus maritimus que espelha não só o seu trabalho como artista, mas também o seu contributo para a sensibilização da eliminação de resíduos em plástico nos mares, desempenhando um papel importantíssimo na estratégia das empresas.”
Ana Pêgo foi galardoada ainda com vários prémios, sendo eles a Balaena plasticus: B Green Inovation Award – Greenfest2015; Livro Plasticus maritimus uma espécie invasora: Menção Honrosa – Bologna Ragazzi Awards, na categoria “Non-fiction”, atribuído pela Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha (2020); Nomeada para o Prémio BD Amadora: Melhor Desenhador Português de Livro de Ilustração (2019); 2021 Outstanding Science Trade Book; Terre de femmes 2020 da Fundação Yves Rocher (3º lugar) – fev 2020 e o Prémio Quercus 2020, categoria individual, em out 2020. Recentemente, foi nomeada para o prémio Activa 2020 – mulheres inspiradoras na categoria Sustentabilidade.
Com o intuito de chegar às empresas sob o mote da Sustentabilidade, adquirindo novas medidas de preservação e proteção do ambiente, o Projeto tem como compromisso a renovação de estratégias e iniciativas “green” para as empresas.