Oito em cada dez turistas que visitaram Portugal neste verão, sentiram-se seguros segundo a Jetcost
42% deles, ainda mais do que no seu país
Apesar de Portugal não ter tido um bom verão em termos de turismo e de ainda haver alguns focos no país do Covid-19, parece que nem tudo são más notícias e uma delas é a boa perceção que os turistas europeus que nos visitaram este verão, tiveram de nós. De acordo com uma pesquisa recente do potente motor de busca de voos e hotéis do site www.jetcost.pt, oito em cada dez turistas que vieram a Portugal sentiram-se seguros, e não só isso, 42% disseram que até mais do que no seu próprio país.
A Jetcost.pt fez uma sondagem a 1.500 dos seus clientes europeus que viajaram a Portugal durante pelo menos cinco dias neste verão, aos quais foi perguntado se tinham sentido seguros, devido ao coronavírus, durante a sua estadia entre nós, tendo 78% respondido que sim e a todos os que responderam sim, também lhes foi perguntado se tinham sentido mais seguros durante as suas férias comparando com os seus países de origem, tendo 42% respondido que sim. A todos os entrevistados foi pedido que respondessem se ficaram satisfeitos com as medidas de segurança existentes nos aviões, nos hotéis, nas excursões ou nas praias.
Aeroportos e voos
No que diz respeito às medidas de segurança sanitária nos aeroportos, a maioria dos inquiridos, 80%, considerou que a sua experiência de voo foi boa. Os passageiros apenas eram obrigados a tomar medidas suplementares no caso de deslocação às ilhas dos Açores e da Madeira. Os passageiros com destino à Madeira tinham de apresentar um teste ao COVID-19 negativo, feito até 72 horas antes do embarque, ou poderiam fazê-lo à chegada ao aeroporto Cristiano Ronaldo, no Funchal. Por outro lado, se o seu destino foi os Açores, tinham várias opções: apresentar o comprovativo do teste Covid-19 até 72 horas antes da partida do voo ou efetuar um teste à chegada e permanecer em isolamento até à obtenção do resultado. Se a estadia nos Açores durasse 7 dias ou mais, ao 6º dia a contar da data do primeiro teste PCR, o viajante deveria dirigir-se à autoridade sanitária do concelho onde se encontrava, para efetuar um novo teste.
Além disso, embora a maioria dos passageiros não percebesse, sabiam que tinham passado por um controle de temperatura por meio de uma câmara de imagem térmica, impercetível para eles.
Oito em cada dez utilizadores da Jetcost.pt, 79% ficaram satisfeitos com a informação sobre o coronavírus nos aeroportos portugueses, assim como com a higiene e a limpeza em geral e em particular, 72% nas casas de banho. A maior reclamação veio do fecho das salas VIP que eles não puderam utilizar, durante a espera no regresso aos seus países.
Em relação ao voo, uma grande maioria, 85%, avaliou-os positivamente com destaque para os seguintes aspetos:
– Todos os viajantes e os assistentes de bordo, mantiveram as suas máscaras durante todo o voo. (94%).
– Não houve serviço a bordo. (83%).
– A distância de segurança foi mantida nas filas de embarque e no acesso ao avião. (65%).
No entanto, também houve alguns aspetos negativos, como:
– Os passageiros não esperaram sentados nos seus lugares, aguardando que os assistentes de bordo dessem instruções que podiam sair (66%).
– Passageiros que tiraram a máscara para comer o que trouxeram de casa (67%).
Finalmente, 78% acreditam que comer no avião devia estar proibido.
Alojamentos
Onde os turistas encontraram mais mudanças foi nos hotéis. A grande maioria, 73%, considera que este ano as condições nos hotéis foram melhores, comparando com os anos anteriores. Mais uma vez, as mais destacadas foram as medidas de higiene e de desinfeção, quer pela abundância de gel hidra alcoólico quer pela limpeza e desinfeção feitas pelas pessoas encarregues desse serviço.
As reclamações mais frequentes foram a eliminação e encerramento de alguns serviços como piscinas e spas, ginásios, ou o facto de a maioria dos hotéis não ter à disposição dos clientes algumas comodidades. Como curiosidade, dois em cada dez entrevistados reclamaram que tiveram de esperar muito tempo pelo elevador, embora entendessem que o seu uso deveria ser individual ou com as pessoas com que viajavam.
Quanto aos restaurantes dos hotéis, uma grande maioria, 72%, teve saudades dos buffets como antes. E dependendo do hotel em que se hospedaram, uns foram mais felizes do que outros, pois houve hotéis onde se manteve o buffet e se implementaram novas medidas, tendo sido estas a mais destacadas:
– Os clientes tinham de usar máscara o tempo todo menos quando estavam sentados à mesa para comer.
– Os clientes eram servidos com luvas.
– As doses já estavam preparadas e eram individuais.
– Havia divisórias à frente dos pratos.
– Os empregados serviram com luvas e máscaras.
As maiores reclamações vieram dos hotéis que não dispunham de buffet e foi substituído por um menu ou ementa, os utilizadores em muitos casos pensaram que a variedade dos pratos era escassa, tendo de escolher entre os mesmos pratos todos os dias. Por fim, dependendo da idade do turista, a tecnologia teve aceitação ou não… um exemplo, as ementas dos restaurantes tinham um código QR para a leitura das mesmas ou dos pratos disponíveis, que se podia consultar através dos telemóveis. Os mais novos gostaram e os mais velhos preferiam o sistema tradicional, ler uma ementa e aplicar gel hidra alcoólico antes e depois de a consultar.
Praias e excursões
As últimas perguntas referentes ao tempo livre deram resultados bastante favoráveis e também alguns negativos. Assim, enquanto 85% considerou que as condições de segurança e higiene nas praias e ao ar livre, foram muito boas, especialmente nas praias onde se mantinha a distancia de segurança nas zonas das sombrinhas, graças a que esses espaços costumavam estar delimitados previamente, ou porque as pessoas respeitavam o espaço para pôr a sua toalha. Também em caminhadas, excursões e visitas ao ar livre, os grupos eram reduzidos e o uso de máscaras e higiene generalizados, foi a opinião de 84%. O mais negativo foi que, 75% dos turistas não puderam fazer as excursões que gostariam de ter feito.