37% dos inquiridos revelam que não mudam de banco há mais de cinco anos
Os elevados custos de manutenção levam 16% dos consumidores portugueses a considerar mudar de banco
Lisboa, 15 de janeiro de 2024 – O estudo realizado pela instituição de pagamentos Nickel, em conjunto com a agência independente DATA E, sobre os hábitos financeiros dos portugueses, revelou uma crescente insatisfação dos consumidores com as instituições bancárias tradicionais. Os resultados revelam que um número crescente de cidadãos portugueses procura alternativas inovadoras, como os bancos online, concluindo que 73% dos participantes planeiam, no futuro, aderir a instituições financeiras digitais.
Este estudo contou com a participação de 1040 indivíduos de várias regiões do país, com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, e mostra ainda que 6 em cada 10 portugueses são clientes de mais do que um banco.
A pesquisa demonstrou que, quando consideram mudar de banco, os consumidores dão prioridade a estruturas de preços simples, à proximidade das agências e ao acesso rápido a cartões e a um IBAN (International Bank Account Number). Surpreendentemente, 37% dos inquiridos revelaram que não mudam de banco há mais de cinco anos.
“O sistema bancário tradicional é, desde há muito, um pilar da estabilidade financeira. No entanto, à medida que as preferências e expectativas dos consumidores evoluem, é crucial que os bancos se adaptem e satisfaçam as suas necessidades em constante mudança. O aumento da insatisfação entre os consumidores portugueses indica que existe uma clara procura por soluções mais inovadoras que proporcionem simplicidade e conveniência”, refere João Guerra, CEO da Nickel Portugal.
No entanto, a insatisfação com os aspetos operacionais da banca tradicional surge como um catalisador proeminente para os clientes que procuram alternativas. Mais de metade dos inquiridos manifestou insatisfação com o horário bancário convencional e 77,9% consideraram vantajosa a realização de transações financeiras em lojas de comércio local, devido à sua localização conveniente e ao horário de funcionamento alargado. O imediatismo da abertura de uma conta, a obtenção de um IBAN e a receção de um cartão de débito, com a conveniência de efetuar depósitos e levantamentos em lojas locais, foram destacados como fatores-chave que influenciam os clientes a procurar alternativas aos modelos bancários tradicionais.
João Guerra acrescenta: “As conclusões do nosso estudo evidenciam uma clara mudança no sentimento dos consumidores relativamente às soluções bancárias digitais. À medida que cresce a insatisfação com os modelos tradicionais, há uma apetência crescente entre os consumidores portugueses por formas novas, e inovadoras, de gestão das suas finanças.”
Para os que estão a pensar mudar de banco (58%), 16% destes identificaram os custos de manutenção da conta como a principal motivação. Esta tendência sublinha a crescente consciencialização dos consumidores para a importância de preços transparentes e o desejo de uma experiência bancária que corresponda às suas necessidades em constante evolução. Segundo os resultados de um estudo recente da Deco Proteste, para o perfil de utilização dos clientes que integraram este estudo, e considerando os clientes dos cinco maiores bancos portugueses, “em dez anos, o custo anual de ter uma conta bancária passou de 89,69 euros para 131,85 euros, o que representa um agravamento nas comissões de 47%”.
A Nickel afirmou-se no mercado sem causar disrupções no setor bancário tradicional. Esta “criação não disruptiva”, destacada no caso de estudo do INSEAD: “Driving Sustainable Growth and Empowering Society: Nickel’s Blue Ocean Beyond Disruption” (e ilustrado em vídeo), envolveu uma reformulação e um desafiar dos pressupostos tradicionais da Banca para a criação de novos mercados sem perturbar o setor. A fintech francesa introduziu, assim, uma ideia inovadora – um produto acessível para o dia a dia e disponível no comércio local, sem complicações. Este serviço requer apenas um documento de identificação, um smartphone e 20,80 euros, e está disponível no comércio local, como as tabacarias, por exemplo. Em apenas alguns minutos, os clientes têm uma conta de pagamento e um cartão de débito Mastercard pronto a utilizar em qualquer parte do mundo, o que teve um impacto social significativo, proporcionando um acesso mais económico a serviços financeiros essenciais para qualquer pessoa, contando já com mais de 3,5 milhões de clientes, e continuando a expandir-se por toda a Europa, assente nos valores de Universalidade, Simplicidade, Utilidade e Benevolência.