Apesar do decréscimo geral nas restantes categorias, terrenos em Faro (+18,7%) e quintas e herdades em Viseu (+18,5%) registam aumentos significativos de procura em novembro
A procura por compra das diferentes categorias de imobiliário desce, no geral, em relação ao mês anterior. Apesar do crescimento de +7% da procura por nova construção, em novembro face a outubro, há um decréscimo da procura de -13,5% por apartamentos, -12,5% por terrenos, -7,4% por moradias e também -7,4% por quintas e herdades. Os dados são do Imovirtual, portal com o maior número de imóveis em Portugal, que acaba de divulgar um estudo sobre o tema, baseado em dados disponíveis na plataforma.
Também em relação ao período homólogo do ano passado há decréscimos significativos da procura por compra em todas as categorias de imobiliário, nomeadamente -45,5% na nova construção, -45,1% nos apartamentos, -40,6% nas moradias, -40,4% nos terrenos e -33,6% nas quintas e herdades.
Nas duas principais metrópoles do país, há em novembro um aumento da procura por nova construção, face a outubro, com o Porto a ter um aumento de +20,3% e Lisboa de +9,8%. No top das regiões com maior procura de apartamento (Lisboa, Porto, Braga, Setúbal e Faro), apenas Faro mantém estabilidade da procura face ao mês anterior (+0,4%), com os outros distritos a registarem quebras entre -13% e -20% em relação a outubro.
Apesar do decréscimo geral, a categoria de quintas e herdades regista aumentos da procura em quase todos os distritos mais procurados, que são por esta ordem: Évora (aumento de procura de +3,5%), Braga (+4,6%), Setúbal (o único do top que desce -20%), Lisboa (+3,6%) e Viseu (+18,5). Já no caso dos terrenos, apenas Faro (+18,7%) e Lisboa (+3,9%) registam um aumento da procura em novembro, face a outubro. Entre os restantes distritos mais procurados para terrenos, Braga regista uma quebra de -10%, Setúbal de -13,8% e o Porto de -27%.
«Nas nossas análises recentes, temos observado algumas consequências da atual situação social e económica, nomeadamente o aumento da inflação e também das taxas de juro, que influenciam o crédito à habitação. Desta forma, observamos um decréscimo significativo da procura em relação a 2021, com uma estabilização em relação aos meses anteriores do ano atual. É interessante, no entanto, analisar que a procura por nova construção aumenta, o que pode indicar investimento estrangeiro», comenta Diogo Lopes, Marketing Manager do Imovirtual.