A Indra, uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria, reforça a sua posição como empresa líder no setor da defesa na Europa, após assegurar a sua participação em sete grandes projetos promovidos pela União Europeia, que fortalecerão a soberania tecnológica, superioridade e segurança dos países membros.
Os novos contratos fazem parte do segundo concurso do European Defence Industrial Development Programme (EDIDP) e contam com um orçamento total de 72 milhões de euros para financiar o trabalho dos consórcios que a Indra integra.
No ano passado, a Indra foi selecionada para liderar outros três grandes projetos do programa EDIDP e participar noutros dois. Como parte da Ação Preparatória de Investigação em Defesa, a Indra foi selecionada para liderar dois projetos e participar noutros cinco.
A Indra está envolvida em 19 projetos do novo Fundo Europeu de Defesa, um valor que a coloca entre as empresas com maior participação neste programa, em todo o continente europeu.
Os novos contratos ganhos este ano vão reforçar as capacidades da Indra em áreas estratégicas, como o comando e controlo, defesa eletrónica, alerta antecipado, sistemas de consciência situacional, sistemas espaciais e de radar e soluções avançadas para neutralizar os drones.
A empresa desenvolverá tecnologias de Inteligência Artificial, algoritmos avançados e sensores muito mais eficazes, para equipar plataformas e sistemas militares que serão ativados nos próximos anos.
A Indra tornou-se, em tempo recorde, uma das empresas europeias mais bem posicionadas no novo ambiente competitivo aberto pela União Europeia com a criação, em 2017, do Fundo Europeu de Defesa. Pela primeira vez, a UE conta com um orçamento de defesa próprio, com o qual está a reforçar a indústria e a eliminar duplicações, de forma a assegurar a máxima rentabilidade do investimento.
Com estes resultados, a Indra demonstra que é uma das empresas tecnológicas mais competitivas do continente europeu.
A maioria dos projetos EDIDP em que a Indra participa terão continuidade no quadro da Cooperação Estruturada Permanente (CEP) entre Estados. Isto significa que diferentes países irão adquirir estas capacidades e transferi-las para os sistemas e plataformas que protegerão a Europa nos próximos anos, em missões reais. A Indra reforçará assim a sua carteira de soluções para continuar a competir no mercado internacional.
A empresa já está a trabalhar para responder ao próximo concurso do Fundo Europeu de Defesa, que tem um orçamento de 1.200 milhões de euros, muito superior ao dos anos anteriores. O Fundo Europeu de Defesa abre assim uma fase em que investirá 8.000 milhões de euros no período 2021-27, com 5.300 milhões destinados a capacidades e 2.700 dirigidos a investigação.
Os sete projetos EDIDP 2020 em que a Indra participa são:
- JEY-CUAS: destinado a desenvolver capacidades de deteção, classificação, seguimento e identificação e/ou neutralização de micro e mini drones utilizados para fins militares. A solução contribuirá para melhorar a consciência situacional e neutralizar as novas ameaças aéreas mais pequenas e que voam a baixa altitude e baixa velocidade, reduzindo ao mínimo o tempo de reação.
- INTEGRAL: um projeto centrado no desenvolvimento de capacidades avançadas de comando e controlo para explorar os dados gerados pelos sistemas SSA (Space Situational Awareness) e catalogá-los para fornecer uma imagem de situação. É um projeto de máximo valor tecnológico que utilizará algoritmos inovadores baseados em Inteligência Artificial/Machine Learning para ultrapassar as limitações dos atuais sistemas e dotar a Europa de independência.
- ODIN’S EYE: projeto de alerta antecipado face a mísseis balísticos que contribuirá para o desenvolvimento de uma capacidade europeia de detetar e seguir, a partir do espaço, a trajetória de mísseis balísticos e ameaças hipersónicas.
- SAURON: desenvolvimento de sensores avançados para identificar e caracterizar objetos no espaço, com base na combinação de sensores terrestres e espaciais. Preparará o caminho para o desenvolvimento de uma rede de Consciência Situacional Espacial para a identificação de qualquer ativo em órbita.
- FAMOUS: desenvolvimento da próxima geração e evolução das atuais plataformas blindadas, incluindo as que operam em condições climáticas e localizações geográficas extremas. Alguns veículos visados pelo projeto são o futuro All-Terrain Vehicle (ATV), o Light Armoured Vehicle (LAV) e o Main Battle Tank (MBT).
- CARMENTA: sistema de autoproteção do futuro para plataformas aéreas de asa fixa e rotativa contra um largo espectro de ameaças atuais e emergentes, que serão capazes de selecionar a reação adequada em cada caso. Utilizará a Inteligência Artificial e comportamentos cognitivos para dar apoio aos sensores em ambientes complexos.
- MUSHER: o principal objetivo é o desenvolvimento de um sistema genérico europeu de associação tripulada e não tripulada, permitindo que helicópteros tripulados interajam com plataformas não tripuladas. O sistema funcionará em ambientes civis, militares ou mistos.
No anterior concurso EDIDP, a Indra assumiu a liderança dos projetos de comando e controlo estratégico ESC2, no projeto de ataque eletrónico cooperativo REACT e no projeto ECYSAP para o desenvolvimento da plataforma europeia de consciência situacional. A Indra assegurou a participação no projeto EUDAAS para o desenvolvimento de um sistema anticolisão para RPAS e no projeto GEODE para posicionamento, navegação e sincronização baseado em Galileo. No âmbito da Ação Preparatória para a Investigação na área da Defesa, liderou os projetos Crown e Ocean 2020 e esteve envolvida noutros cinco.