Novo espaço do Porto dedicado ao azeite transmontano e duriense, biológico e com selo DOP, mostra como o olival português pode casar com a indústria têxtil em prol da economia circular e sustentável. Loja possui um lagar compacto e, em altura de colheita, extrai azeite para provas no local. Que podem ser robustecidas com “tapas”.
O que é que t-shirts, sweatshirts, hoodies, joggers ou casacões têm a ver com azeitonas? E o que fazem ao lado de um lagar (donde se extrai azeite biológico) e de outros produtos selecionados como vinhos e vinagres, mel e compotas, frutos secos e biscoitos, chás e infusões, chocolates, conservas variadas e afins?
São perguntas que, para os lados do n.º 73 da Rua Ferreira Borges, bem no coração da Baixa da cidade do Porto, costumam ouvir-se em várias línguas, tantas quantas as nacionalidades dos visitantes da recém-inaugurada «Fábrica do Azeite». Estamos a falar de um espaço dedicado sobretudo (mas não só) ao ouro verde de Trás-os-Montes e Alto-Douro, mas também a outras mercearias gourmet, para venda e degustação.
Pois bem, a «Fábrica do Azeite» disponibiliza complementarmente uma linha de vestuário 100% biológica e sustentável porque o olival que a “alimenta” começou a escoar o bagaço de azeitona para a indústria têxtil colorir roupa com técnicas naturais e matérias-primas orgânicas, livres de compostos sintéticos e/ou químicos.
Este subproduto resulta da transformação do fruto das oliveiras da Quinta do Prado (em Vila Flor), berço do azeite Acushla. E o primeiro passo no seu aproveitamento está a ser dado, para já, dentro do próprio grupo empresarial têxtil (Tetribérica) detentor da marca olivícola, na direção das coleções da Barrio Santo, uma insígnia de roupa confortável de corte sportswear e fitness wear, feita com matérias-primas sustentáveis (cerca de 85% da produção têxtil do grupo usa materiais ecológicos).