Negócios de martelo na mão
Por Tiago Perloiro
À gestão de uma exploração agropecuária no Alentejo e a um cargo técnico numa associação de criadores, Tiago Perloiro, engenheiro de formação, junta uma outra atividade, que lhe surgiu de forma inesperada há quase 20 anos, a de pregoeiro em leilões. Com um martelo de madeira, fecha negócios que já chegaram a atingir os 350 mil euros. Mas também já vendeu um carro por 50.
Licenciado em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Tiago Perloiro começou a trabalhar em 1993 na ACOS – Agricultores do Sul, em Beja. Hoje mantém-se no Alentejo, gerindo uma exploração agropecuária na Amareleja (concelho de Moura). Ao mesmo tempo, é secretário técnico da ANCORME – Associação Nacional de Criadores de Ovinos de Raça Merina, de que é igualmente associado. Aliás, na sua exploração a maioria dos animais são ovinos desta raça. Tem na Amareleja um efetivo de 500 ovinos da Raça Merina Preta, a que se juntam 150 bovinos de Raça Mertolenga e 120 bovinos cruzados. Numa propriedade de 900 hectares (área própria e área arrendada), há ainda espaço para 95 hectares de olival, cuja produção se destina à Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos, onde se produz o Azeite de Moura, que tem denominação de origem protegida (DOP).